sábado, 13 de fevereiro de 2010

Metal – A HeadBangers Journey

Eu acabei de assistir um documentário, produzido pelo canadense Sam Dunn, formado em Antropologia e amante de Heavy Metal, que se propôs a explicar o que é o Metal, suas origens, vertentes, e o porquê de seus fãs terem sido considerados a escória da sociedade por décadas.

Uma coisa bem surpreendente é o fato de ele ter conseguido entrevistas com grandes personalidades da história do Rock, como Bruce Dickinson, Geddy Le, Lemmy (Motorhead), Dio, cobrindo alguns assuntos bem legais.

Outra coisa que eu achei bem interessante foi uma árvore com todas as vertentes do Metal, desde o Early Metal, até os galhos mais distantes, como o Death Metal e o Glam Metal. Embora o documentário não se aprofunde ao extremo em todos os nós dessa árvore, vale como um mapa geral do metal, na minha opinião.

Agora, a coisa que mais me chamou a atenção em todo o documentário, e, nesse ponto, talvez alguns leitores me achem tolo ou algo assim, foi o sentimento em relação ao metal.

Eu me identifiquei muito em algumas entrevistas com fãs, como por exemplo:

“A maioria dos metalheads, se lhes dizem algo, têm suas próprias opiniões e podem dizer: "Isto é o que penso". Não tratam de ouvir a mesma música que ouvem seus amigos, não tratam de ouvir o que está na moda para ser aceito. É o que encontra no metal: confiança, porque é uma música forte, que te dá a habilidade de parar e dizer: "Ok. Dane-se!" (ou, no meu caso, Foda-se!)

Agora, o comentário que mais explodiu minha cabeça foram as palavras finais do Sam no final do documentário, durante o festival de Wacken, na Alemanha:

“Desde que tinha 12 anos, tive que defender meu amor pelo heavy metal contra quem o classificasse de forma de música "barata". Minha resposta agora é que ou se sente o metal ou não. Se o metal não te provoca essa envolvente sensação de poder, e não faz com que se arrepiem os cabelos da nuca, talvez, nunca o compreenda. E sabe o que mais? Tá tudo OK. Porque, a julgar pelos 40.000 metalheads que me rodeiam, estamos bastante bem sem você.

Depois dessa fala aí, com Master of Puppets tocando ao fundo, eu não tenho mais nada a dizer.

Site Oficial do documentário: http://www.metalhistory.com/